DMX morre aos 50 anos nos EUA
Rapper se destacou na cena de Nova York dos anos 90 e foi um dos nomes mais importantes do rap com letras pesadas. Ele sofreu ataque cardíaco e lutava contra dependência química.
O rapper DMX morreu aos 50 anos nesta sexta-feira (9)
em Nova York. Ele estava internado na UTI após sofrer uma parada cardíaca. A
morte foi confirmada pela família a veículos de imprensa dos EUA.
DMX lutou contra o uso de abusos de drogas durante
vários anos e já tinha passado por algumas internações para reabilitação.
De acordo com informações do site TMZ, DMX sofreu um ataque cardíaco em decorrência de uma overdose, na sexta-feira (2).
"Nós
estamos profundamente tristes de anunciar hoje que nosso amado DMX, com nome de
nascimento Earl Simmons, morreu aos 50 anos no White Plains Hospital (no estado
de Nova York) com sua família ao seu lado", diz o comunicado.
"Earl foi um guerreiro que lutou até o fim. Ele amava sua família com todo o seu coração e nós temos carinho pelo tempo que passamos por ele. A música de Earl inspirou inúmeros fãs pelo mundo e seu icônico legado vai ficar para sempre", diz o texto.
Trajectória
DMX foi um dos principais rappers da prolífica cena de
hip hop de Nova York dos anos 90. Ele fazia um som pesado com letras agressivas
sobre a realidade das ruas.
Ele cresceu em Nova York e teve uma infância marcada
por abusos familiares e problemas com a polícia.
No início dos anos 90, ele se tornou mais activo na
cena e colaborou com artistas como Jay-Z, LL Cool J e Ja Rule. Ele se destacou
com letras sobre violência e ficou famoso no final da década.
DMX discursa ao receber o prêmio R&B do Billboard Music, em Las Vegas, em 8 de dezembro de 1999 — Foto: Ethan Miller/Reuters/Arquivo.
Entre 1998 e 2003, cinco de seus álbuns estiveram no topo das listas de vendas nos Estados Unidos. Os mais marcantes foram a estreia "It's Dark and Hell is Hot", e a sequência "... And Then There Was X".
Entre as músicas de maior sucesso dele estiveram "Get me a dog" (1998), "Party Up (Up in Here)" (2000) e "Money, Power & Respect", com The Lox e Lil' Kim (1998).
DMX também teve uma carreira
como ator. Ele contracenou com Steven Seagal em "Rede de Corrupção"
(2001) e com Jet Li em "Contra o tempo" (2003) e "Romeu tem que
morrer" (2000). Os três filmes foram dirigidos pelo polonês Andrzej
Bartkowiak.
No meio da década passada, seu
sucesso diminuiu e ele teve diversos problemas com o uso de drogas e com a
justiça.
Em 2015, ele foi condenado a
seis meses de prisão por não pagar US$ 400 mil de pensão alimentícia. Ele
também foi detido em 2013 por posse de maconha, e em 2011 foi libertado após 11
meses de prisão por violação de condicional.
Em 2018, o rapper americano foi
preso após ser flagrado em um exame toxicológico. Na ocasião, ele testou
positivo para opiáceos, cocaína e oxicodona.Quando foi detido, DMX estava em liberdade
condicional depois de ter se declarado culpado de sonegação fiscal por não ter
pago US$ 1,7 milhão em impostos.
Overdose não confirmada oficialmente
DMX, cujo nome verdadeiro era Earl Simmons, em foto de janeiro de 2006 — Foto: Louis Lanzano/AP/Arquivo
Murray Richman, advogado do artista há 25 anos, confirmou no início de abril a parada cardíaca do rapper, mas disse não ter informações sobre a causa.
Fãs do artista se reuniram
durante a semana para orações no local e acenderam velas no local.
Segundo o TMZ, o cérebro de DMX
teria ficado privado de oxigénio por cerca de 30 minutos durante overdose.
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